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CURTA A BALADA SEM EXAGEROS-FAZ BEM A SAÚDE.



Moça com cerveja


Motivos para não exagerar na bebida

Aquele copo de caipirinha que você toma para soltar o corpo na pista de dança, o chope com a galera durante a happy hour ou ainda a taça de vinho no jantar romântico podem esquentar a noite e trazer prazer e bem-estar. Beber um drinque ou outro é bom e todo mundo gosta. Mas, existem mais motivos para dosar a bebida alcoólica além do excesso de calorias da categoria (sim, cada grama de álcool tem 7 calorias; uma batida de coco com leite condensado soma 420 calorias!). Quando a diversão passa a ser “beber todas” (ou se não tiver bebida, a balada nunca fica divertida o suficiente), o que era gostoso está a um passo de se tornar perigoso. “O dia-a-dia está cada vez mais corrido e as exigências para se realizar profissionalmente e pessoalmente são maiores. Por isso, a palavra de ordem entre os jovens é curtir intensamente os momentos de lazer. Mas, para isso, não há a menor necessidade de exagerar na quantidade de álcool”, pondera Sandra Scivoletto, psiquiatra e coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea), do Hospital das Clínicas, de São Paulo (SP). O problema é que, com a igualdade dos sexos, muitas garotas estão adotando um comportamento que antes era típico apenas dos homens: ir para a balada com o objetivo de encher a cara. Quem não estiver com um copo na mão é tachada de esquisita, mal-humorada, antissocial, chata ou careta pelo grupo. E pior do que criar cena — sendo engraçadinha, inconveniente ou dando um megavexame — são os prejuízos do excesso de álcool para a sua saúde.

Sexo frágil para a bebida



Apesar de toda essa emancipação feminina, a gente sai em desvantagem em relação a eles quando o assunto é resistência à bebida alcoólica. “Por ter uma proporção de gordura corporal maior e menor quantidade de água no corpo, as mulheres atingem uma taxa de álcool no sangue mais alta num menor intervalo de tempo”, explica Florence Kerr-Corrêa, psiquiatra responsável pelo projeto Viver Bem, desenvolvido para a prevenção do uso de álcool e drogas dos alunos da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp). E tem mais: suspeita-se que apresentamos menor quantidade de um tipo de enzima que metaboliza o etanol (principal substância do álcool) e que no período pré-menstrual, por conta da flutuação dos hormônios, ficamos embriagadas com maior facilidade. O que isso significa na prática? Uma ou duas doses a mais podem, sim, fazer um grande estrago. E, fora os efeitos nocivos que você já conhece (náuseas, vômitos, dor de cabeça, agressividade e depressão), há outros que, acredite, vão fazer a maior diferença no seu futuro (perda de memória e prejuízos para o fígado). Além disso, o álcool é apontado por diversas pesquisas como a principal causa de acidentes no trânsito e o grande responsável pela prática de sexo sem o uso de preservativo. “Quando a mulher bebe exageradamente, perde a capacidade crítica de saber se quer ou não manter uma relação sexual. Negociar o uso da camisinha também fica prejudicado, o que gera riscos como contrair aids e outras doenças. Entrar num relacionamento dessa maneira significa que o telefonema do dia seguinte não vai existir. É a tática do abate entre os rapazes”, constata Içami Tiba, psiquiatra e autor do livro Homem Cobra, Mulher Polvo (Editora Gente).

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